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Review Xiaomi Redmi Note 4

Visual metálico

O design do smartphone da Xiaomi é legal e bem neutro. Ele não foi feito para chamar atenção e, para muitas pessoas, isso ótimo. A sua carcaça metálica oferece uma boa pegada mesmo o celular tendo uma tela de 5,5’’. Isso se deve ao fato de as bordas da traseira serem um pouco curvadas para aumentar a superfície de contato com a mão do usuário.
O dispositivo passa uma sensação de rigidez e segurança
Fora isso, o dispositivo passa uma sensação de rigidez e segurança, dando a entender que seu corpo não vai sofrer muitos danos em uma queda qualquer. Mesmo assim, não é bom abusar. O aparelho não possui proteção Gorilla Glass na parte da frente, o que é um contra relativamente preocupante, uma vez que não sabemos qual é a fabricante do vidro utilizado nem temos informações mais concretas sobre sua resistência.
Seja como for, em nossos testes, o aparelho conseguiu sobreviver sem qualquer risco por duas semanas de uso, sem capa ou qualquer outra proteção. É pouco tempo, nós sabemos, mas muitos telefones já registraram danos em períodos menores do que esse. Bons exemplos seriam o Quantum MUV Pro e o Xiaomi Mi Note 2, que terminaram nossos testes com algumas marcas indesejadas.

Uma boa tela

O Redmi Note 4 não tem a melhor tela da categoria, mas ela não é ruim, é intermediária. Estamos falando de um display com tecnologia IPS LCD que mede 5,5’’ na sua diagonal e tem resolução Full HD. Com essas medidas, a densidade de pixels por polegada chega a 401 ppi, o que é muito bom para esse tipo de aparelho.
A reprodução das cores é boa para a categoria, bem como o nível de brilho. Contudo, quando comparado a displays como o Super AMOLED do Galaxy A7 (2017), o do Redmi fica bem apagado. Portanto, apesar de contar com um bom nível de brilho para o dia a dia, fica claro que ele não é excelente nesse departamento, o que é mais do que bom para um gadget que custa metade do que seus principais concorrentes.

Software melhorado

Esse celular da Xiaomi, assim como todos os outros da empresa, conta com a interface MIUI sobre o Android. Contudo, existem algumas diferenças no software desse dispositivo aqui em comparação ao Mi Note 2, que testamos há algumas semanas. A mais notável é a tradução bem-feita para o português, que no outro aparelho era sofrível. Mesmo assim, visualmente falando, você praticamente não nota diferenças.
Estamos falando de uma interface com visual bastante agradável, minimalista e com boa iconografia. Os movimentos e animações são bem suaves e acompanham com agilidade os movimentos feitos pelo usuário. Não há exageros em brilhos ou outros elementos bregas, como fazem Asus, LG e Samsung, mas é necessário comentar que se trata de um software bem diferente do Android tradicional puro.
Não há gaveta de apps para esconder a bagunça das suas telas iniciais
Para começar, não há gaveta de apps para esconder a bagunça das suas telas iniciais. Dessa forma, você é obrigado a organizar tudo em pastas, o que não é lá muito interessante para usabilidade prolongada. Imagine começar a procurar um aplicativo de pasta em pasta até encontrá-lo? Contudo, o único problema real, que não pode ser contornado com a instalação de um launcher alternativo, é a questão da área de notificações.
Você não consegue expandir as notificações por padrão nem as responder em linha. O agrupamento de alertas de um mesmo app é precário, e o movimento para eliminar itens específicos dali não é tão fácil quanto poderia ser. Por fim, os ícones dos apps com notificações não são exibidos no topo do display. Você tem que baixar a barra ou ir procurando em cada item nas suas telas as bolinhas vermelhas com números. Nada muito prático.
Tirando isso, a MUIU é uma das melhores personalizações do Android. Ela é cheia de recursos legais, por exemplo, a possibilidade de clonar apps e usar duas contas diferentes em ferramentas como WhatsApp e Facebook, que não permitem logins múltiplos. Além do mais, os aplicativos do sistema que já vêm pré-instalados são muito bem-feitos e bons de usar. É interessante destacar ainda que a quantidade de crapware não é tão agressiva quanto o que vemos em smartphones da Samsung e da Asus.

Fotografia

Esse celular certamente não é o melhor aparelho da categoria para fotografia, mas ele consegue fazer boas capturas. Você só percebe as fragilidades do sensor quando dá um zoom em uma foto já tirada e nota que o foco não é muito preciso. Ainda assim, o modelo consegue representar as cores com certa fidelidade, mas não dá aquele efeito vivo que vemos nas imagens registradas com o Galaxy A7 (2017), por exemplo.
Na nossa opinião, o Z Play consegue fotos mais nítidas, mas peca na saturação frente ao Redmi Note 4. Já o ZenFone 3 Zoom é quase sempre superior na captura de imagens em praticamente qualquer condição de luz.
Ainda assim, o modelo da Xiaomi consegue um desempenho melhor que o esperado em fotos noturnas. Nada incrível, porém realmente impressionante para um gadget tão barato.
O sensor frontal faz fotos com mais ou menos a mesma qualidade na questão de cor e nitidez, mas vem com o modo de embelezamento ligado por padrão no app de câmera. Isso deixa as selfies muito artificiais. Nós recomendamos que você desligue o recurso antes de usar.
Para captura de vídeo, o aparelho fica bem na média. Para um celular sem estabilização óptica, até que faz um bom trabalho.
Autonomia complicada
Bateria é um tópico complicado para o Redmi Note 4. Isso porque existem versões com processadores diferentes, o que gera uma boa discrepância na autonomia de uso. O modelo que recebemos para testes veio com o Helio X20 da MediaTek, que é focado em desempenho a qualquer custo. Tanto é que ele tem dez núcleos. O modelo internacional conta com o Snapdragon 625, o mesmo presente no ZenFone 3 Zoom e no Moto Z Play. Como esses dois são conhecidos pela boa autonomia de bateria, acreditamos que o Redmi Note 4 que carrega esse chip da Qualcomm também seja.
Essa é a nossa esperança, na verdade, porque a célula de 4.100 mAh desse celular não dura praticamente nada nas mãos do Helio X20. No nosso teste de execução contínua de vídeo, o Redmi durou apenas 6 horas e 15 minutos.  Nas mesmas condições, o concorrente da Asus fez 12 horas e meia, exatamente 100% a mais, o dobro. Detalhe que esse dispositivo tem apenas 21% a mais de capacidade de carga, marcando 5.000 mAh. Curioso, não?
Mas isso é em situação de estresse. No cotidiano, o aparelho, mesmo com chip MediaTek, dura um dia inteiro longe da tomada sem qualquer dificuldade. Mesmo fazendo uso moderado. Contudo, se você não plugar durante a noite, ele vai amanhecer desligado ou quase desligando. A expectativa é que o modelo global aguente um dia e meio.

O Descomplicando o Hardware, testou ele em estresse jogando, PUBG mobile: 







              
 
"É um agradecimento, ao Fernando Lucas que nós disponibilizou seu aparelho para fazermos o Review."